segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Jardim Encantado

" Era uma vez três irmãs, Lili, Sofia e Alice. Elas não imaginavam que através de um livro fossem descobrir um Jardim Encantado enquanto brincavam (...)

...e como num piscar de olhos o jardim se escurece e as meninas avistam pontinhos iluminados no céu, e quando clareia elas percebem que são vários vaga-lumes dançando no ar.


As fadas estavam preocupadas pois sabiam que as bruxinhas do jardim queriam capturar os vaga-lumes e usá-los para iluminar seu castelo. Mas os vaga-lumes não podem ficar presos, pois assim acabam morrendo. E nesse momento as bruxinhas aparecem, mas as fadas junto com as meninas protegem os vaga-lumes ...


...elas se olham e sorriem, pois tinham feito uma viagem mágica onde puderam conhecer os encantos da natureza."

Escola Municipal de Ballet apresenta
Jardim Encantado - ' Diverstissement '
9 e 10 de Dezembro no Teatro Juarez Machado
e no elenco, como um dos vaga-lumes , participação de Maria Eduarda Santana .

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

DESPEDIDA

"Existem duas dores de amor:A primeira é quando a relação termina e a gente,seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.É que, sem se darem conta, não querem se desprender.Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida…Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: 'Eu amo, logo existo'

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância,mas que precisa também sair de dentro da gente… E só então a gente poderá amar, de novo."


Martha Medeiros

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

De volta para o futuro

Segundo a Organização Mundial de Saúde, adolescente é o individuo que se encontra entre os dez e os 20 anos de idade, porém prefiro a colocação de Daniel Sampaio, médico doutor em psiquiatria, onde define a adolescêndia desde a altura em que as alterações psicobiológicas iniciam a maturação sexual até à idade em que um sistema de valores e crenças se enquadra numa identidade estabelecida. A construção da identidade adulta implica numa série de perdas, perdas estas difíceis de aceitá-las, e pra uma canceriana como eu, pior ainda. Minha adolescência foi maravilhosa, e até hoje vivo em crises de identidade tentando me convencer que não posso mais prolongar meus momentos adolescentes; sim, porque agora depois de tantas perdas eles não passam de momentos.
Livros de cabeceira como Poliana e Cristiane F, filmes inesquecíveis como E.T. e Dirty Dancing, músicas marcantes I just wanna be close to you( Maxi Priest), Rumours (Timex Social Club), Nosso Estranho Amor( Caetano Veloso), Valeu Demais(Leandro Lehart)...Perfumes que nos transportam ( Lou Lou, Giovana Baby, Tathi)...vontade de beijos, vontades crescendo, desejos proibidos, provando o gosto do sexo e ao final sem saber que gosto tem, paixões avassaladoras que num piscar de olhos se transformam em passageiras, pais com milhares de conselhos do tipo: não beba do copo de ninguém, volta pra casa até no máximo uma da manhã, diga-me com quem andas que te direi quem és...Viagens de final de ano( SP, Búzios, Minas) formaturas, esquentas( não da pra não lembrar da Evandra), dormir na casa da amiga, turminhas inseparáveis que não podem perder se quer um final de semana sem estar junto....apelidos singulares que nunca pegaram(die klein, preta, madona, minhoca), truco, carnaval(Liga, Sociedade Barra Velha e Laguna), Boates( Baturité, Tenis, Chamonix), Pagodes( Bar da Sandra, Tropical, Fofão,), praias onde o que menos importava era o mar e sim a noite(Casa da Tia Shirley)...Uma infinidade de coisas maravilhosas que não tem como não deixar saudade....e agora na atual "vida adulta" temos que vencer a vontade louca de jogar tudo pro alto e voltar o tempo....mas como cantava cazuza, O tempo não para....


Cresci....e ta, sei que não foi no tamanho....mas minha mente valoriza cada momento dessa adolescência que as vezes se torna tardia....com desejo imenso de ser hoje o que sou, mas com a leveza daquela época, um sorriso muito mais iluminado, um desprendimento nato, uma travessura gostosa sem grandes consequências...
...é...acho que estou na crise dos trintassssssssss....

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Aristóteles

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.
A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje.
Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente.
Pare de pensar mal de você mesmo e seja seu melhor amigo sempre. Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está "pronto" para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais e não se esqueça nunca de agradecer.
Agradeça tudo que está em sua vida, nesse momento. Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.
A grandeza não consiste em receber honras, mas merecê-las.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Religare

Dizem que religião não se discute, mas sinceramente sigo numa eterna discussão comigo mesma, uma discussão gostosa, daquelas que adoro prolongar...e quando acho parceiros(as) saudáveis e inteligentes o suficiente para não tentar me convencer a mudar de crença, e apenas filosofar sobre o assunto, acabo incluindo alguém a mais no meu fórum pessoal de debate...
Segundo Lactânio, o termo religião vem de religare, argumentando que a religião vem de um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus. Nas religiões monoteístas como Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Zoroastrismo, o termo Deus refere-se a ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas.
Meus pais me batizaram na igreja católica, como portugueses fervorosos não poderiam fazer diferente; estudei num colégio adventista, onde o professor Roberto, de religião, dizia que eu daria uma ótima adventista; meu primeiro namorado era protestante, com pais que até hoje fazem estudo biblíco semanalmente; na faculdade morei com uma espírita, que me deu o meu primeiro livro espírita(evangelho); casei com um testemunha de Jeová, já amei um agnóstico que se interessa por ateísmo, frequentei a igreja evangélica porque amo os louvores, músicas da alma, mexem com a minha; a mãe de meu melhor amigo é umbandista, uma mulher que escuto muito, amiga; na capoeira minha referencia é uma amiga budista, e por ai vai minhas experiências, influências, minha construção...

Respeito todas, e não nego frequentar para conhecer...só não gosto que tentem me converter a qualquer religião tentando dizer que aquela é a correta. O que é certo? Onde esta a verdade? Não seria mais prudente reconhecer o limite onde a opinião pessoal se detém, e a verdade começa?
Prefiro me auto sentenciar numa frase simplória do orkut " tenho um lado espiritual independente de religiões". Perfeita. Todos tem seu lado racional e seu lado emotivo, com certeza meu lado emotivo é mais aflorado, até mesmo porque sou mulher, mãe, e temos isso por instinto...Não tenho como provar racionalmente a existência de Deus, apenas sinto a existência dele...e sensações não temos como explicar ao pé da letra ou transferi-las a alguém...cada um tem a sua...Seja Deus, Energia vital, força maior, enfim, o nome que queiram dar....tenho esta certeza cravada no meu coração, na minha alma....


"Penso, logo existo."


Descartes questionou todo o conhecimento aceito como correto e verdadeiro, concluindo que apenas poderia ter certeza de que duvidava. As vezes me questiono não apenas do que penso, e também do que sinto, portanto:
Sinto, logo existo!!!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Teoria 10; prática em construção!

"Quando há um furacão no mar o capitão experiente sabe que se o barco for conduzido para a periferia da tormenta será arremessado de um lado para outro. Mas se ele chegar no olho do furacão, entrará num lugar de quietude. Quando tudo ao meu redor está mudando rápido e a pressão ficando mais intensa, o melhor lugar para procurar abrigo e refúgio não é fora, mas dentro do self. Nesse ponto fico em contato comigo, encontro força e estabilidade, para então sair e fazer o que precisa ser feito."

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

I'll be there

"Não há prazer comparável ao de encontrar um velho amigo, a não ser o de fazer um novo"

- Rudyard Kipling -



" Sentei em uma varanda, em um dia de verão, bebendo chá gelado enquanto visitava minha mãe.

- Nunca esqueça de suas amigas. Ela falou, mexendo nos cubos de gelo em seu copo.

- Não importa o quanto você ame o seu marido, você ainda precisará de suas amigas. Lembre-se de ir sair e fazer coisas com elas, hoje e sempre. E lembre-se que amigas também são as irmãs, filhas, primas e outras parentes que você tenha.

Que conselho estranho, pensei. Eu não tinha acabado de me casar? Eu não havia acabado de entrar no mundo dos casais?

Eu era uma mulher casada agora, meu Deus, não somente uma garotinha que precisasse de amigas.Mas mesmo assim escutei à minha mãe, mantive contato com minhas amigas, e fiz novas amizades ao longo do caminho. Conforme os anos passavam, um após o outro, gradualmente comecei a entender o que minha mãe quis dizer naquele dia.

Aqui está o que eu aprendi sobre as Amigas:

  • Amigas trazem comida e ajudam a limpar o banheiro quando você precisa de ajuda;

  • Amigas cuidam de seus filhos e de seus segredos;

  • Amigas lhe dão conselhos quando você os pede. Às vezes você escuta, às vezes não;

  • Amigas nem sempre lhe dizem o que você quer, mas são honestas no que dizem;

  • Amigas amam você e ficam ao seu lado, mesmo quando não concordam com suas escolhas;


  • Amigas riem com você, mesmo quando não há motivo aparente;

  • Amigas te ajudam a sair de confusões;

  • Amigas fazem festa para a sua filha ou filho quando eles se casam ou ficam grávidos, mesmo que não aconteça necessariamente nesta ordem;

  • Amigas estão sempre ao seu lado quando tempos difíceis chegam;

  • Amigas escutam você lamentar quando perde um emprego ou um amigo;

  • Amigas escutam quando seus filhos a magoam;

  • Amigas escutam quando seus pais ficam doentes;

  • Amigas choram com você quando alguém que você ama morre. "

Realmente os anos passam e graças a Deus não vivemos enclausurados, novas amizades vão surgindo, antigas vão se reafirmando, e a vida segue sempre com uma boa lembrança...Tenho amigas engraçadissimas, me divertem até no seu mau humor....amigas cabeças....amigas pra jogar conversa fora....amigas pra fazer programinhas de mamães...amigas pra dizer a verdade na minha cara, sem dó nem piedade....amigas pra festar mesmo sabendo que eu não coloco uma gota de álcool na boca...


Enfim, da pra tirar o Mulheres da música cantada por Martinho da Vila e substituir por amigas que fica quase tudo certo..." Já tive amigas de todas as cores, de várias idades de muitos amores(...) já tive amigas do tipo atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida(...)amigas cabeças e desequilibradas, amigas confusas de guerra e de paz..."

Amo vocês amigas, e tenho maravilhosas lembranças com cada uma de vocês...obrigada por me permitirem participar um pouquinho de suas vidas....
Amigo, hoje a minha inspiração
Se ligou em você
E em forma de samba
Mandou lhe dizer
Tâo outro argumento
Qual nesse momento
Me faz penetrar
Por toda nossa amizade
Esclarescendo a verdade
Sem medo de agir
Em nossa intimidade
Você vai me ouvir
Foi bem cedo na vida que eu procurei
Encontrar novos rumos num mundo melhor
Com você fique certo que jamais falhei
Pois ganhei muita força tornando maior
A amizade...
Nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade...
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir
Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir amigo
Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir amigo

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Paciência - por Arnaldo Jabor



Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'... E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar... Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, ojeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado... Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem se quer ler o título, dizendo que era longo demais. Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus. A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai aguentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui? Respire... Acalme-se... O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...
NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL... SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Joanna de Ângelis



Descobre-se o câncer, quando ele se põe à mostra. Quem poderia informar, com segurança, quando se teria rebelado, desorganizada, a primeira célula cancerosa?

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Paixão antiga

"Voar sempre, cansa - por isso ela corre em passo de dança"
Eugenia Tabosa
(La leçon de danse)
Sempre relutei em me apaixonar, pois muitos dizem que a paixão passa e que o que fica é o amor. Porém acredito que quando amamos, encontramos um jeitinho de resgatar a paixão, claro que para que isso ocorra existe um verbo imprescindível: Querer.
Eu AMO a dança, ESTOU apaixonada por ela, mas sempre que essa paixão acaba eu QUERO resgatá-la.
Minha jornada no mundo da dança começou com "As Patotinhas", tem gente que jura que elas nunca existiram, mas elas ficaram tão gravadas no meu inconsciente, que a imagem dessas meninas cantando e dançando em fila, sobre 8 rodas cada uma, não me sai da cabeça. "(...) não empurre, não force, senão vamos cair(...)." E já no jardim de infância, sobre lajotas vermelhas eu as imitava e fiz minha primeira apresentação de dança. Público: minha professora e duas ou três amiguinhas.

O destino me trouxe direto de Maputo para Joinville, cidade que hoje comporta o maior festival de dança do mundo, considerado pelo Guinness Book. Minha primeira participação neste festival foi em 1989, foi a sétima edição do festival, na época minha paixão era o Jazz.
Assim como nos apaixonamos por homens, garotos: joãozinho, pedrinho, luizinho...e mais um monte de inhos, a dança também me proporcionou diversas paixões: jazz, dança de rua, dança teatro, contemporâneo, dança de salão...e por ai vai minhas trocas de motivações.
Todos nós conhecemos os efeitos que uma paixão avassaladora pode causar , uma sensação de bem estar, tudo fica lindo, inclusive você. Sim, a dança é minha paixão mais antiga e fiel, me faz sentir linda, me faz viver apenas aquele momento, brigo com ela, faço as pazes, damos um tempo, mas como o amor é verdadeiro, eu jamais permitirei que ela se esvaia de minha vida.



"Grandes dançarinos não são grandes por causa de suas técnicas; eles são grandes por causa de suas paixões."

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Deixa eu dançar!


Deixa eu dançar pro meu corpo ficar odara

Minha cara, minha cuca ficar odara

Deixa eu cantar que é pro mundo ficar odara

Pra ficar tudo jóia rara

Qualquer coisa que se sonhara

Canto e danço que dara

Odara - Caetano Veloso

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Thoreau

"Se um homem não acompanha o passo dos seus companheiros, talvez seja porque ele ouve um tambor diferente. Que ele caminhe de acordo com a música que ouve, por mais cadenciada ou distante que seja."

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Te amo do tamanho do universo!



Era hora de ir para a cama, e o Coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do Coelho Pai. Ele queria ter certeza de que o Coelho Pai estava ouvindo. - Adivinha quanto eu te amo? - disse ele.- Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar - respondeu o Coelho Pai.- Tudo isso - disse o Coelhinho, esticando seus bracinhos o máximo que podia. Só que o Coelho Pai tinha os braços mais compridos. E disse:- E eu te amo tudo isto ! Huuum, isso é um bocado, pensou o Coelhinho. - Eu te amo toda a minha altura - disse o Coelhinho.- E eu te amo toda minha altura - disse o Coelho Pai. Puxa, isso é bem alto, pensou o Coelhinho. Eu queria ter os braços compridos assim.Então o Coelhinho teve uma boa ideia. Ele se virou de ponta cabeça, apoiando as patinhas na árvore. - Eu te amo até as pontas dos dedos de meus pés!- E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés - disse o Coelho Pai balançando o filho no ar. - Eu te amo a altura de meu pulo! - riu o Coelhinho saltando, para lá e para cá.- E eu te amo a altura do meu pulo - riu também o Coelho Pai e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos das árvores. - Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio - gritou o Coelhinho.- Eu te amo até depois do rio até as colinas - disse o Coelho Pai.É uma bela distância, pensou o Coelhinho. Ele estava sonolento demais para continuar pensando. Então ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite. Nada podia ser maior do que o Céu. - Eu te amo ATÉ A LUA! - disse ele, e fechou os olhos.- Puxa, isso é longe disse o Coelho Pai. Longe mesmo!O Coelho Pai deitou o Coelhinho na sua caminha de folhas. E então se inclinou para lhe dar um beijo de Boa Noite. Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo:- Eu te amo até a lua...IDA E VOLTA !
-Fábula de Esopo-

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Ivan Lins

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido

Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido

Relembrando - Uma de minhas paixões



"(...), o processo de descobrir quem somos e o que temos a fazer aqui, e aprender a acompanhar as misteriosas coincidências que podem nos guiar, depende, em grande parte, da nossa capacidade de permanecermos positivos e de encontrarmos o lado bom de todos os acontecimentos."
Redfield. J - A Visão Celestina

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

por Arnaldo Jabor

Às amigas e amigos modernos: não deixem de ler. Para as mulheres, uma verdade! Para os homens, a realidade! Você, homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual,cultural e, principalmente,"liberal" de sua mulher, namorada etc... Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais - "corneado". Saiba de uma coisa... Esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais, evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som. Você deve estar perguntando por que eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem-me chamando a atenção já há tempos. Mas o que seria uma "mulher moderna"? A principio, seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes, mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que esteja errada e de correr pros seus braços... É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda... Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer... Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que : - Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam. Hoje elas choram, mas depois disso simplesmente traem, sem dó nem piedade. - Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às consequências expostas acima. - Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol) mais do que três vezes por semana, quatro vezes então, é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto, elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... Bem... - Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex, bom de cama é grandessíssimo. - Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo em relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam - e querem - fazer sexo TODOS OS DIAS. (pasmem, mas é a pura verdade)... Bom, nem precisa dizer que se não for com você... - Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões maus (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é???? - Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres. - Em hipótese alguma a deixe desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você... Só que o prato principal, bem... Dessa vez é a SUA mulher. - Sabe aquele bonitão que você sabe que sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem... De repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece...Quando você reparar... Já foi. - Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar de lado e simplesmente dormir. - Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas... Senão... Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência". Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem, antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você! "Quem não se dedica se complica."

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Denise - Minha Primeira Boneca

"(...)minha mãe já estava com minha irmã a caminho, mas quem a esperava...era eu."
Sim, eu a esperava, rezava todas as noites para que eu ganhasse uma irmãzinha; escolhi seu nome (ela odeia seu nome), escolhi seu sexo (todos achavam que era um menino, menos eu), escolhia suas roupas...enfim, era a minha bonequinha. Foi lançada no Brasil, mas fabricada em Portugal. Bem planejada, diferente de mim, 8 anos de diferença da primeira tentativa de boneca da mamãe. Ficou assim: linda, olhos verdes, sorriso inocente, olhar meigo, cabelo liso (e como eu queria isso na adolescência); xodó da mãe, desespero do pai, boneca da irmã...Durante muito tempo cuidei pra que nada, nem ninguém a machucasse. Pisem em mim, mas ai que olhem torto para a minha boneca...eu virava uma mãe de verdade e não de "faz-de-conta", subia nas tamancas e brigava com o mundo se fosse preciso. Custei para perceber que não fui eu quem a carreguei nove meses, demorei para entender que meu papel não era de mãe, e sim de irmã amiga. Isso rendeu muitos desentendimentos, brigas, choros, mas acima de tudo, união.


Hoje, somos muito diferentes, ela não é mais a minha boneca, não posso mais brincar de faz de conta. Fizemos escolhas, caminhos bem diferentes, mas ambas atrás da felicidade. Ela continua linda, com o mesmo sorriso inocente e olhar meigo, mas é quase uma adulta, com sonhos a concretizar, metas a cumprir, essência para resgatar. Meio estabanada é verdade, bem egocêntrica, mas é irresistível. Consegue o que quer com esse jeito folgado e insistente, abre seu espaço forçando a barra e seduzindo a presa. Mas não é assim que as bonecas de vitrine são levadas para casa?



Não conseguimos tirar os olhos delas quando estão fechadinhas nas suas caixas na vitrine do "Reino dos Brinquedos", nos apaixonamos com aquela roupinha linda, sorrindo, cheirando a novinha, cabelos compridos, bochechas rosadas...e nem imaginamos que essa boneca não poderá ficar no nosso colo a vida toda, que teremos que crescer e passa-la pra frente, pois outras crianças também merecem brincar com ela, nem que por um breve período.

Minha boneca foi visitada pela fada do Pinóquio, virou gente de verdade.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A Seta e o Alvo


Eu falo de amor à vida,
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte.

Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.

Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.

Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?



(Paulinho Moska e Nilo Romero)


quarta-feira, 25 de julho de 2007

Zenão

Como grande parte do que lhe acontece esta fora do seu controle, mude o foco para a única coisa que esta ao seu alcance - a sua atitude.


terça-feira, 24 de julho de 2007

Tennessee Williams




“Há uma hora de partida mesmo quando não há lugar certo para ir”

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Esse ano, julho acabou mais cedo.

É só isso
Não tem mais jeito
Acabou
Boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

That's it
There is no way
It's over
Good luck
I have nothing left to say
It's only words
And what l feel
Won't change

Tudo o que quer me dar
Everything you want to give me
É demais
It too much
É pesado
It's heavy
Não há paz
There is no peace
Tudo o que quer de mim
All you want from me
Irreais
Isn´t real
Expectativas
Expectations
Desleais

Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who advises you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
So many special people in the world... in the world
All you want all you want

Now were falling, falling into the night,
Falling, falling into the night (um bom encontro é de dois),
Now were falling, falling into the night,
Falling, falling into the night.

Me apaixonei pelo Incrível Hulk!

Resolvi dar um salto neste blog e antecipar uma parte da minha vida, uma hora teria que falar, e pra não correr o risco de me apaixonar novamente por minhas lembranças, optei por contar uma das minhas histórias de amor...sim, teremos outra por aqui. Para proteger a identidade de um dos personagens, resolvi dar um nome fictício, até mesmo porque o que importa não são os personagens, e sim, a história. Há 12 anos, no Festival de Dança de Joinville (detalhe, estamos na 25ª edição), conheci um homem, na época um garoto apenas, que já foi comparado a diversos personagens: Ogro, Papai Smurf, Um príncipe meio cafajeste, Sr. Impossível, Noel Rosa, MIB, Totens, Junior (este talvez se aproxime mais da sua verdadeira identidade - é o meu preferido), e pra mim o "pequeno" Robert Bruce Banner , mas conhecido como Incrível Hulk. Naquela tarde do ano de 1995, um garoto não tirava os olhos de mim, eu que também já tinha visto ele dançar (isso me atrai), não conseguia tirar os olhos dele. Simples assim, comum mesmo, foi assim que teve inicio uma história de amor que vivi. A noite, depois de muito flerte na boate, ele não parava de falar (nossa, como falava), e eu louca para que ele calasse logo a boca e me beijasse. Por fim, o beijo. Ficamos juntos até a volta dele para sua terra natal, como achava que era uma paixão de festival, não peguei seu telefone, e tão pouco dei o meu. Mas havia sido tão bom, ele havia chegado numa hora tão oportuna...Dois meses depois resolvi estender um pouco mais aquela "paixão passageira"... dei um jeito, e fui atrás do que queria (sim, também consigo tudo que quero, mas só enquanto acredito ser inofensivo). Descobri tudo que precisava para conquistá-lo de vez e pela primeira vez mandei flores a um homem. Aliás, o incrível Hulk foi meu primeiro em muitas coisas, e não estou falando em sexo. Ele veio para passar um feriado comigo em Bal. Camboriú, e foi mágico novamente. Caraca....eu ainda acreditava ser uma paixão de festival, achava que ainda tinha o controle sobre a paixão. Final do ano foi minha vez de ir a seu encontro...mais uma semana, um pouco mais talvez de um conto de fadas... E foi assim, num descompromisso total, numa entrega parcial, que fomos levando. Naquela época eu era muito orgulhosa pra admitir que poderia estar amando alguém, não costumava assumir compromissos, apenas vivia o momento e era feliz daquela maneira. Mas o orgulho também me deixava enciumada, quando sabia de envolvimentos do Sr. Bruce, e nesses momentos me perdia dentro dos meus pensamentos, mas achava mais fácil simplesmente não pensar sobre isso. Nesse meio, apareceu o homem que mais me valorizou até hoje, e que lutou por mim como ninguém havia feito até então. Cedi, me envolvi, mas ainda não havia fechado a porta com o sr. Bruce. Continuávamos nos falando por telefone, e alguns dias antes do meu noivado tivemos nossa primeira última conversa, e em nenhum momento os dois falaram sobre sentimentos. Tudo ficava subentendido, mas nos recusávamos a falar sobre amor...argh...afinal, era só uma paixão de festival. Casei, aprendi a amar com este homem, foi um marido maravilhoso(essa história será contada um dia aqui), tivemos uma filha, mas ... ele faleceu. Nesse tempo enquanto estive casada, vivi intensamente todos os dias a vida que estava a minha frente, mas tenho que confessar que quando chegava o mês de julho, uma sensação estranha, medo, agonia, ansiedade tomavam conta de mim. Mas guardei isso para mim enquanto a pessoa que estava comigo existia. Após a morte de meu marido, o Incrível Hulk sofreu um acidente (talvez numa de suas transformações), e nisso o procurei. Liguei, fui bem recebida, ele não estava comprometido (pelo menos perguntei) e ele disse: vem. Ficamos juntos, falamos pouco ainda sobre sentimentos, apenas confessamos a saudade, mas depois de alguns dias ele disse que havia ficado com uma amiga, que inclusive sabia da nossa história, e que tudo estava confuso, não sabia o que poderia acontecer dali pra frente. Voltei, e começamos a achar novamente que tudo era paixão de festival.... Entra julho, sai julho...e lá vem julho novamente...me procurou, perguntei se já havia casado: "não, estou longe disso"...bem, não sou santa.... optei em ficar com ele mesmo sabendo que ele estava namorando... acho que foi ai que erramos... resolvemos abrir o jogo... Nesse mesmo ano, no mesmo mês... resolvemos falar de sentimentos... caramba, ele me alertou, disse que se conversássemos sobre isso estaríamos criando um grande problema... eu toquei o foda-se (sorry) e disse que estava na hora de sabermos o que era isso que depois de 8 anos ainda persistia.... e ele disse: "acho que posso dizer que te amo"... minha razão foi por água abaixo... retribui... foi lindo, mágico, dolorido, assustador na verdade, porque dai veio a famosa indagação: e agora? o que vamos fazer com isso? Ele amava sim a pessoa que estava, e eu sentia o respeito que ele tinha por ela... Acabou o mês de julho, ele foi embora, eu fiquei com todos os sonhos que jamais havia me permitido sentir antes. Mas, um belo dia descobri que ele já morava com a tal namorada... meu mundo caiu, fiquei indignada, o sr. Bruce sabia que essa informação era muito importante pra mim, e isso teria bloqueado tudo. Ele sumiu, não se explicou, não veio no outro mês de julho, não me atendeu.... e 1 ano e meio depois me liga no meio da madrugada dizendo: "eu to tentando ficar longe, mas eu te amo e queria que você soubesse disso"... meu mundo caiu novamente... fiquei maluca... e tentei resolver isso... afinal, não devemos mostrar o doce pra criança e depois tirá-lo... e foi isso que ele fez... Insisti em falar com ele, saber o porque disso tudo, mas ele não explicou, apenas disse que realmente me amava, mas que iria ficar com quem estava. Ridículo, eu sei. Sofri muito e tivemos nossa segunda última conversa. Fui viver minha vida, achei que estava curada, mandei um email dizendo que o entendia, que não guardava mágoas... Voltamos a nos falar inocentemente, crente que podíamos ser amigos, eu estava num outra situação, tinha decidido nunca mais voltar a falar do nosso passado... acreditava que estava segura. Um belo dia, numa das conversas inocentes no msn ele ligou a web... nossa... meu coração apertou... eu disse que não sabia se estava adorando ver aquela imagem ou odiando por ele ter feito isso.... dai começou a confusão novamente... ele disse: "eu sei que não deveria falar isso, mas... eu te amo"... Ele já falava que não estava bem, que já havia saído 2 vezes de casa, mas ainda não sabia o que queria... voltamos a não mais ter medo de falar em amor... ele saiu de casa (não, eu não fui o motivo disso, sempre deixamos isso bem claro), retomamos a nossa história... agora sem medo de palavras... mas, o incrível Hulk mostrou novamente seu outro lado... a pessoa que também o amava, acreditava tão piamente quanto eu que ainda era amada... descobrimos mentiras, verdades, mas dessa vez eu não acreditava mais que tudo não passava de uma paixão de festival... portanto, não pude ficar. Estaríamos comemorando Bodas de Seda ou Ônix, porém hoje sei o que quero, e Bruce também sabia o que eu queria... foi desleal, esse foi o maior de seus erros. Nunca solicitei a ele fidelidade, somente lealdade. Novamente ele quis pegar a estrada sozinho, como no final de todo seriado. Simplesmente sumir e não explicar nada. Certa vez numa das conversas, antes mesmo de retomarmos nossa história, ele me disse tentando justificar suas atitudes e "escolhas" que : "eu posso não ter te escolhido pra todo dia, mas eu te escolhi pra sempre". O que ele não entendeu, é que eu o amava muito mais do que pra todo dia, mas que eu não acredito num amor pra toda vida, e sim num amor além da vida. Agora quero ser uma mulher comum, com um homem comum.... esperei que o Bruce achasse a cura pra nunca mais se transformar nesse monstro verde, raivoso, impulsivo; esperava que nessas andanças, na estrada solitária, com aquela música tão triste que ele seguia, ele pensasse que talvez a cura estivesse dentro dele mesmo... mas não posso mais esperar ao lado dele. Sou humana.


" Como o passar do tempo as transformações se modificaram. O Hulk passou a ser verde e não mais se transformava ao anoitecer e sim quando se enfurecia. O Hulk era uma entidade à parte de Banner, incontrolável, ignorante, e infantil. Quanto mais furioso o Hulk ficar, mais forte e resistente ele se torna."

Trecho da história - The Incredeble Hulk

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Eclesiástico II

"(...) prepara a tua alma para a provação (...) dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria (...) sofre as demoras de Deus (...) aceita tudo o que te acontecer, na dor permanece firme (...) pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata (...)."

terça-feira, 17 de julho de 2007

Gandhi


"Um NÃO dito com convicção é melhor e mais importante que um SIM dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações."

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Construindo minha alma

Continuando...

Faz tempo, li um livro de Robert Fulghum, o título é praticamente a sinopse, livro simples, mas verdadeiro, "Tudo O Que Eu Devia Saber Na Vida Aprendi No Jardim de Infância". Estudei os primeiros anos no Colégio de Aplicação da FURJ, e minha essência nasceu nessa escola. Lembro como se fosse hoje o dia em que estava na fila(primeira da fila, claro...ordem de tamanho) e uma menina me cutucou e disse: - você quer ser minha amiguinha? Era a Tininha, foi minha primeira melhor amiga, sim porque nós mulheres não passamos uma existência sem ter várias melhores amigas.Brincamos, dançamos, descobrimos, rezamos, sonhamos por 4 anos, foi o tempo em que estudamos juntas. Hoje não temos mais contato, mas quando nos encontramos nosso olhar se torna tão inocente quanto daquela época. Tenho um respeito imenso por este colégio. Naquela época o colégio tinha um dia na semana intitulado "Dia da Cultura", e nesse dia os alunos recebiam uma folha com um tipo de planilha com diversas opções. Cada um fazia a sua escolha e era encaminhado para o local onde seria realizada a atividade escolhida. As atividades eram diversas: culinária, ginástica olímpica, ginástica rítmica, dança, teatro, desfile de moda, argila, pintura, fantoches, leitura, horta...enfim, era para muitos a única oportunidade de escolha. Acredito que foi neste colégio, com este projeto, que ajudei na construção da minha alma.


Voltando ao livro, tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância, ou pelo menos na continuação dele. A sabedoria se encontrava no montinho de areia da escola de todo dia.Entre outras coisas:

  • Compartilhe tudo;
  • Jogue dentro das regras;
  • Não bata nos seus amiguinhos, nem nos que ainda não o são;
  • Coloque as coisas de volta onde pegou;
  • Arrume os seus brinquedos, a sua bagunça;
  • Não pegue as coisas dos outros;
  • Peça desculpas quando machucar alguém;
  • Lave as mãos antes de comer e reze antes de deitar;
  • Dê descarga;
  • Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
  • Respeite o coleguinha;
  • Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... e desenhe.. e pinte... e cante... e dance... e brinque... e trabalhe um pouco todos os dias;
  • Tire uma soneca às tardes;
  • Quando sair, cuidado com os carros;
  • Dê a mão e fique junto;
  • Repare nas maravilhas da vida;
  • O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Mark Twain


"Cada um de nós é uma lua e tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém"

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Lique

Flor, talvez
mas nunca rosa opulenta
nem orquídea requintada
nem cravo aberto de esperança.
Nenhuma flor de enfeite
nenhuma cor de requinte
nenhum emblema gritante.
Flor, talvez.
Se quiseres
perceber a flor de mim
pensa na que surge um dia
entre a secura do campo.
É frágil, breve, pequena
resiste à ardência do sol
no tempo que lhe é dado.
Flor, talvez
da cor dos sonhos suaves.
Flor azul, azul, azul.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sandra, para Sandra

Hoje é meu aniversário, 33 anos de muita história, e neste ano especialmente, estou extremamente sensível...e tomando emprestada as palavras de Montaigne, "achando-me bastante vazio, sem nada sobre o que escrever, ofereci meu eu a mim mesmo como tema e assunto."

Não que esteja triste, disse sensível. Já chorei ao acordar, já chorei na frente do computador, no colo da secretária que é mais amiga que secretária, na frente da manicure, ao receber um telefonema, ao ganhar flores da minha filha e escutar meu pai dizer que ela não ouviu a opinião do vendedor e teimou em me dar Alcione(ela me conhece apenas com seus 6 anos de vida).
Há algum tempo atrás, cerca de 4 anos e meio, recebi uma mensagem psicografada e hoje estou me presenteando novamente com ela.

"Faça questão de ser alegre e otimista. Nada na terra pode destruir a felicidade do homem otimista e alegra. Se lhe chegarem dores, receba-as com calma e não se deixe atingir por elas, reconstrua sua vida, construindo sua felicidade dentro de você mesmo fazendo consistir sua ventura no progresso constante da vida do espírito, na sabedoria do coração."

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Sonia Hurtado X Paulo Coelho


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.Pode dizer para si mesma que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração...

E o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Os dois lenhadores e Malevich


Uma história antiga conta que dois lenhadores, ambos bem experientes, um certo dia propuseram-se um desafio: quem cortaria mais lenha ao final de um dia de trabalho.
Na data combinada, de posse de seus instrumentos, ambos se lançaram à tarefa. Um deles trabalhou ininterruptamente e observava que o seu oponente fazia pequenos e regulares intervalos.
Ao final do dia, o que havia trabalhado sem parar, estava ansioso para confirmar sua vitória, pois imaginava que teria produzido muito mais.Feitas as medições, para surpresa geral, o vencedor foi aquele que se permitiu pequenos intervalos ao longo do dia.
O vencido, com certa decepção, indagou ao seu companheiro como havia conseguido fazer mais, trabalhando menos tempo. E este o respondeu, com imperturbável tranqüilidade, que enquanto descansava, afiava o machado.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Primeira infância

Lembro muito da minha infância, mas tenho poucas recordações palpáveis, a mais real é uma cicatriz nos meus lábios em forma de cruz...poucas pessoas a conhecem. Como meus pais tiveram um recomeço um tanto quanto atordoado, os aniversários q geralmente são os fatos e fotos presentes em nossas caixinhas, não os tive.Mas a festa de 4 anos foi inesquecível, a velha casa de madeira toda enfeitada de balões, muitos adultos me bajulando, uma roupa especial que eu amava, um joão bobo que eu amei ganhar e meu avô ainda são e vivo... As poucas crianças presentes em minha festa eram os vizinhos, todos irmãos, amigos que eu amava brincar de carrinho de rolimã, futebol, escorregar no barranco, e achava estranho quando eles brigavam pra saber quem iria lavar a louça...eu achava tão mágico lavar a louça.


A Déa...minha prima, também deve ter aparecido nessa festa. Neste momento estou uma típica rapariga, festinhas de jardim.Quando crianças brincávamos muito, não por opção mas por pertencermos a mesma família, e única no Brasil. Hoje, brincamos porque nos amamos. Sou madrinha da filha dela, a Júlia, e sinto muito por não estarmos na mesma cidade.Ela sempre pintava melhor, se vestia melhor, era mais criativa...eu a admirava muito, quando crescesse queria ser que nem ela. Mas não cresci, e isso foi bom pra nós duas.



Ah! As festas juninas!!! Lembro muito bem, sempre ganhava a miss simpatia, nunca a princesa....mas eu me contentava com a faixa como se fosse a rainha da festa.Achava esse vestido lindo, sempre gostei de me fantasiar, ficava mais extrovertida. Sim, eu quando criança era tímida, e as brincadeiras com roupas, ou apresentações de dança e teatro infantis me libertavam.


Nessa foto, minha mãe já estava com minha irmã a caminho, mas quem a esperava...era eu.