quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Você tem fome de que?

TAMBÉM ESTOU COM FOME DE AMOR!!!


Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormirem abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.
Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como:
"Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!"
Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?
Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".
Antes idiota que infeliz!
(Arnaldo Jabor)

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O cão raivoso

Um cachorro costumava atacar de surpresa, e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente. Então, seu dono pendurou um sino em seu pescoço, pois assim podia alertar as pessoas de sua presença, onde quer que estivesse. O cachorro cresceu orgulhoso, e vaidoso do seu sino, caminhava tilintando-o pela rua. Um velho cão de caça então lhe disse:
- Por quê você se exibe tanto? Este sino que carrega, acredite, não é nenhuma honraria, mas antes disso, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso.

Moral da História: Engana-se quem pensa que ser notório é ser honrado

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A Lebre e o Cão de Caça


Um Cão de caça, depois de obrigar uma Lebre a sair de sua toca, e depois de uma longa perseguição, de repente parou a caçada. Um Pastor de Cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo: Aquele pequeno animal é melhor corredor que você.
E o Cão de caça responde: Você não vê a diferença que existe entre nós? Eu estava correndo apenas para conseguir um jantar, mas ele, corria por sua Vida.

Moral da História: O motivo pelo qual realizamos uma tarefa, é o que vai determinar sua qualidade final.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Um asno em pele de leão

Um Asno, ao colocar sobre seu dorso uma pele de Leão, vagava pela floresta divertindo-se com o pavor que causava aos animais que ia encontrando pelo seu caminho.
Por fim encontra uma Raposa, e também tenta amedrontá-la. Mas a Raposa, tão logo escuta o som de sua voz, exclama com ironia:Eu certamente teria me assustado, se antes, não tivesse escutado o seu zurro.




Moral da História: Um tolo pode se esconder por trás das aparências, mas suas palavras acabarão por revelar à todos quem na verdade ele é.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O boi e a rã


Um Boi indo beber água num charco, acidentalmente pisa numa ninhada de rãs e esmaga uma delas. A mãe das Rãs, ao dar pela falta de um dos seus filhotes, pergunta aos seus irmãos o que aconteceu com ele. Ele foi morto! Há poucos minutos atrás, uma grande Besta, com quatro enormes patas rachadas ao meio, veio até a lagoa e pisou em cima dele. A mãe começa a inchar e pergunta: A besta era maior do que eu estou agora? Pare mãe, pare de inchar - Pede seu filho - Não se aborreça, mas eu lhe asseguro, por mais que tente, você explodiria antes de conseguir imitar o tamanho daquele Monstro.


Moral da História: Na maioria das vezes, as coisas insignificantes desviam nossa atenção do verdadeiro problema

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O galo e a pedra preciosa


Um Galo, que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado: Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, a que todas as jóias do Mundo!

Moral da História: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.

Fábulas


Quando criança, minha vó, D. Georgina, a mulher guerreira que já falei mais abaixo, costumava contar "causos" alegóricos, contos, fábulas para melhor ser compreendida.......ou não!!
Enfim, foi sempre muito enigmática, falava nas entrelinhas, e logo vinha aquele chavão ou aforismo acompanhando a moral da história, tudo isso com um único intuito....Educar.
Sim, ela prezava muito a educação, queria que eu me tornasse uma mulher digna, de respeito, trabalhadora, e uma eximia mãe. Uma Amélia, essa sim era a mulher ideal nos conceitos de minha vó. Não estou criticando em hipótese alguma as Amélias, até porque segui muitos dos conselhos de minha avó. No meu casamento tive muitas atitudes de Amélia, e os resultados foram surpreendentemente positivos para ambas as partes, pelo menos na maioria das vezes.
Por fim, gosto do que me tornei, do que minha avó ajudou a lapidar.
Voltando as fábulas, o mais conhecido sem dúvida é Esopo que se tornou famoso por suas pequenas histórias, acompanhadas sempre de um sentido ou ensinamento. Seus personagens principais são animais falantes, que cometem erros, uns sábios, outros tolos, maus, bons, exatamente como nós seres humanos.
Conta-se numa das fábulas, As Línguas de Esopo, que ao servir seu senhor que havia solicitado que Esopo comprasse o que havia de melhor no mercado, ele serviu língua bovina para os convidados, o que deixavam transparecer o desagrado pela comida servida. Esopo argumentou que ela é o laço da vida, da razão; e por meio dela as cidades são construídas e policiadas. Graças a ela as pessoas não só são instruídas, persuadidas e convencidas nas assembléias, mas também cumprem o primeiro de todos os deveres, que é o de louvar a Deus. Xanto, seu senhor, querendo embaraçá-lo replicou dizendo que amanhã queria que Esopo comprasse o que havia de pior.
Pois bem, no dia seguinte, Esopo serviu novamente línguas, apenas afirmando que a língua era a pior coisa que há no mundo; a língua é a mãe de todas as questões, a origem de todos os processos, a fonte das discórdias e das guerras. Se por um lado se ela é o órgão da verdade, de outro é também o do erro e, pior ainda, o da calúnia e da infâmia, porque se em dado momento ela louva os deuses, em outro é usada para a blasfêmia e a impiedade.