quarta-feira, 20 de maio de 2015

Quem queimou mesmo o sutiã???

Não, não sou machista. Não sou a favor de nenhum retrocesso. Mas ei, to cansada, me deixa. Cansada de dar conta de tudo sozinha. Hellooo!!! Não, eu não dou conta(sempre). Dias como os de hoje me fazem largar no sofá e chorar. Sim, eu choro. Não to sempre sorrindo e fazendo palhaçada. Não sou aquela mulher que da conta de tudo sozinha não. Apenas me viro do jeito que dá. E Ponto. - Sandrinha, não gosto de te ver assim. Pois é, se você não gosta meu amigo, imagina eu. Assim como eu, conheço mais uma caminhão de mulheres que se viram nos trinta. Leoas, cavalas, camelas. Diferente do que ouço, não é uma opção estarmos ai dando conta de tudo. Apenas tocamos em frente, com pausas, mas tocamos. A gente para sim. Deprime. Faz bico(e que bico). Chora... mas dai olha pro lado e suspira, enxuga uma lágrima, lava o rosto e vai lavar a louça. Acho que assisti seriado demais na minha infância. Mulher maravilha, Mulher Bionica, As Panteras, Jeannie é um gênio.
Fomos criadas para sermos assim. Esse tipo de mulher. A mulher maravilha, que trabalha fora o dia inteiro, cuida da família e ainda salva o mundo. Mas e os homens??? Será que na época que eu assistia esses seriados de meninas existiam seriados mostrando o quanto a gente precisa do companheiro pra dividir tudo isso?? Que eu me lembre, passava Magaiver, que fazia uma bomba de um chiclets, e o Incrível Hulk que acabava sempre numa estrada sozinho. Caramba. A maldita que queimou o sutiã não devia ter peito. Me perdoe o desabafo, mas quando você olhar pra uma mulher como eu(e tem milhares por ai), olhe através dela. Tome a frente. Carregue uma sacola, mesmo que ela diga que da conta. Abra a porta do carro, mesmo que ela dirija. Diga que ela esta linda, mesmo ela sabendo que esta. De colo. Deixe-a chorar. A gente aprendeu desse jeito. É verdade, a gente da conta sozinha, não porque quer, mas porque é preciso. E sim, precisamos de vocês homens, amigos, irmãos... Precisamos do sexo oposto pra nos lembrar que apesar de tudo, ainda somos mulheres.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Tu és a glória do teus fundadores...

Não, não nasci em Joinville. Vim pra cá aos 4 meses com meus pais fugindo de uma guerra, porém hoje moro em Joinville por opção. Amo essa cidade, ainda quero morar na praia, mas isso é quando me aposentar(falta um tiquinho). Também passei por boa parte que vocês Fernanda Cagneti e Vanessa Gonzaga tão bem me fizeram relembrar no facebook, com algumas pequenas diferenças. Estudei no Chapeuzinho Vermelho, Furj, Adventista, Bom Jesus e Positivo. Ainda na infância passava o verão em Barra Velha, pegando a 101 que não era duplicada, mas já achávamos super rápido chegar lá. Brincava de subir em árvores pra comer carambola, e andava de carrinho de rolimã pertinho do centro, na casa das vizinhas Marisa e Rita. Fiz comunhão na Igreja Santo Antonio, não lembro do padre não. A primeira vez que participei no festival de dança foi no 7º, e também amava passar as tardes na casa da cultura onde as gincanas eram comandadas pela Fabiola Bernardes. A primeira "balada", que chamávamos apenas de Boate, foi o Tênis Clube, tinha também o Rariah e Chamonix. Como gostava de samba, também ia no Bar da Sandra(não era meu), Tropical e no Fofão. Carvanal era na Liga. Meu primeiro cinema no Cine Palácio. Meu primeiro shopping, Shopping Joinville, conhecido depois como Shopping Americanas. Ainda adolescente, tomava banho de rio no Piraí, pulava sem nenhuma responsabilidade daquelas pedras. Enfim, Joinville cresceu muito. Ainda reclamamos sim porque não conseguimos lugar para almoçar as 14:00, e poderíamos ter mais eventos culturais. Mas ela não esta parada no tempo. Se você mora em Joinville e não gosta, vaza. Se você esta há mais de cinco anos nesta cidade sem gostar, não venha me dizer que é por falta de escolha. Se esta aqui ainda, e continua reclamando, me desculpe, mas é por pura estagnação sua ou incompetência própria. Vai a luta. Sou muito feliz na minha cidade, e sim, ela não é perfeita também. Se você ainda esta aqui, não gosta e ganha seu sustento nesta cidade, seja educado e inteligente. Guarde pra si, ou divida apenas com seus amigos numa rodinha de bar. Do contrário, faça como nós, e mostre o que existe de belo e encantador nesta linda cidade que é a glória dos seus fundadores. Abaixo, o olhar de mais uma nascida aqui e com orgulho desta cidade, Nani Cabral Fotografia.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Ih choveu, cabelo encolheu!

2011, 2012, 2013, 2014...ufa...2015!!! Sim, passou muito tempo desde a última vez que escrevi no blog. Não me pergunte porquê, nem eu mesma sei. Falta de tempo, de dor, de inspiração, de amor...acho que até mesmo falta de vontade. Minha vida mudou muito de lá pra cá. Meio óbvio, seria patético estar tudo na mesma. Fiquei aqui pensando em que imagem colocar, e pensei na recente mudança de visual, e que analisando bem, voltei quase a estaca zero. Estava tão grande e cortei de novo!! O liso é apenas momentâneo, na saída correndo do salão pro carro já começou a aparecer os cachos.
E porque retornar hoje? Nem sei se é um retorno, apenas estou em casa, sozinha, e com vontade de escrever. E sem assunto específico. Nenhuma emoção a flor da pele que me movesse a escrever, apenas sentei e fiz. Nesses 4 anos minha avó Georgina morreu literalmente, e digo literalmente porque o luto dela já havia sido vivido por mim no início de sua doença. Meu gato morreu, sim o Lucas, que tinha um gênio igual a mim, teve um infarto. Atualmente adotamos a Paçoca, uma gata que é um grude, manhosa, carente e que acha que é um cachorro, corre atras do rabo, obedece, busca brinquedos e vem quando chamada. Sai de um emprego de 9 anos, e assumi o risco de mudar totalmente e ter apenas um único emprego, e não mais 3 ou 4 como era antes. Agora convivo com as mesmas pessoas a maior parte do dia(tinha medo danado disso). Continuo sendo dois(eu e minha filha), e achando que ser três ainda não cabe na minha vida(balela, quando me apaixonar, isso deve mudar). Enfim, ando serena. E gosto. Sem muitos altos e baixos, mas de vez em quando se aventurando a fazer uma escovinha pra mudar, com a segurança que a chuva me traga de volta. "Ih choveu, cabelo encolheu todinho". P.S. O cabelo será doado. Continuo acreditando que nada é por acaso.