quarta-feira, 25 de julho de 2007

Zenão

Como grande parte do que lhe acontece esta fora do seu controle, mude o foco para a única coisa que esta ao seu alcance - a sua atitude.


terça-feira, 24 de julho de 2007

Tennessee Williams




“Há uma hora de partida mesmo quando não há lugar certo para ir”

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Esse ano, julho acabou mais cedo.

É só isso
Não tem mais jeito
Acabou
Boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

That's it
There is no way
It's over
Good luck
I have nothing left to say
It's only words
And what l feel
Won't change

Tudo o que quer me dar
Everything you want to give me
É demais
It too much
É pesado
It's heavy
Não há paz
There is no peace
Tudo o que quer de mim
All you want from me
Irreais
Isn´t real
Expectativas
Expectations
Desleais

Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who advises you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
So many special people in the world... in the world
All you want all you want

Now were falling, falling into the night,
Falling, falling into the night (um bom encontro é de dois),
Now were falling, falling into the night,
Falling, falling into the night.

Me apaixonei pelo Incrível Hulk!

Resolvi dar um salto neste blog e antecipar uma parte da minha vida, uma hora teria que falar, e pra não correr o risco de me apaixonar novamente por minhas lembranças, optei por contar uma das minhas histórias de amor...sim, teremos outra por aqui. Para proteger a identidade de um dos personagens, resolvi dar um nome fictício, até mesmo porque o que importa não são os personagens, e sim, a história. Há 12 anos, no Festival de Dança de Joinville (detalhe, estamos na 25ª edição), conheci um homem, na época um garoto apenas, que já foi comparado a diversos personagens: Ogro, Papai Smurf, Um príncipe meio cafajeste, Sr. Impossível, Noel Rosa, MIB, Totens, Junior (este talvez se aproxime mais da sua verdadeira identidade - é o meu preferido), e pra mim o "pequeno" Robert Bruce Banner , mas conhecido como Incrível Hulk. Naquela tarde do ano de 1995, um garoto não tirava os olhos de mim, eu que também já tinha visto ele dançar (isso me atrai), não conseguia tirar os olhos dele. Simples assim, comum mesmo, foi assim que teve inicio uma história de amor que vivi. A noite, depois de muito flerte na boate, ele não parava de falar (nossa, como falava), e eu louca para que ele calasse logo a boca e me beijasse. Por fim, o beijo. Ficamos juntos até a volta dele para sua terra natal, como achava que era uma paixão de festival, não peguei seu telefone, e tão pouco dei o meu. Mas havia sido tão bom, ele havia chegado numa hora tão oportuna...Dois meses depois resolvi estender um pouco mais aquela "paixão passageira"... dei um jeito, e fui atrás do que queria (sim, também consigo tudo que quero, mas só enquanto acredito ser inofensivo). Descobri tudo que precisava para conquistá-lo de vez e pela primeira vez mandei flores a um homem. Aliás, o incrível Hulk foi meu primeiro em muitas coisas, e não estou falando em sexo. Ele veio para passar um feriado comigo em Bal. Camboriú, e foi mágico novamente. Caraca....eu ainda acreditava ser uma paixão de festival, achava que ainda tinha o controle sobre a paixão. Final do ano foi minha vez de ir a seu encontro...mais uma semana, um pouco mais talvez de um conto de fadas... E foi assim, num descompromisso total, numa entrega parcial, que fomos levando. Naquela época eu era muito orgulhosa pra admitir que poderia estar amando alguém, não costumava assumir compromissos, apenas vivia o momento e era feliz daquela maneira. Mas o orgulho também me deixava enciumada, quando sabia de envolvimentos do Sr. Bruce, e nesses momentos me perdia dentro dos meus pensamentos, mas achava mais fácil simplesmente não pensar sobre isso. Nesse meio, apareceu o homem que mais me valorizou até hoje, e que lutou por mim como ninguém havia feito até então. Cedi, me envolvi, mas ainda não havia fechado a porta com o sr. Bruce. Continuávamos nos falando por telefone, e alguns dias antes do meu noivado tivemos nossa primeira última conversa, e em nenhum momento os dois falaram sobre sentimentos. Tudo ficava subentendido, mas nos recusávamos a falar sobre amor...argh...afinal, era só uma paixão de festival. Casei, aprendi a amar com este homem, foi um marido maravilhoso(essa história será contada um dia aqui), tivemos uma filha, mas ... ele faleceu. Nesse tempo enquanto estive casada, vivi intensamente todos os dias a vida que estava a minha frente, mas tenho que confessar que quando chegava o mês de julho, uma sensação estranha, medo, agonia, ansiedade tomavam conta de mim. Mas guardei isso para mim enquanto a pessoa que estava comigo existia. Após a morte de meu marido, o Incrível Hulk sofreu um acidente (talvez numa de suas transformações), e nisso o procurei. Liguei, fui bem recebida, ele não estava comprometido (pelo menos perguntei) e ele disse: vem. Ficamos juntos, falamos pouco ainda sobre sentimentos, apenas confessamos a saudade, mas depois de alguns dias ele disse que havia ficado com uma amiga, que inclusive sabia da nossa história, e que tudo estava confuso, não sabia o que poderia acontecer dali pra frente. Voltei, e começamos a achar novamente que tudo era paixão de festival.... Entra julho, sai julho...e lá vem julho novamente...me procurou, perguntei se já havia casado: "não, estou longe disso"...bem, não sou santa.... optei em ficar com ele mesmo sabendo que ele estava namorando... acho que foi ai que erramos... resolvemos abrir o jogo... Nesse mesmo ano, no mesmo mês... resolvemos falar de sentimentos... caramba, ele me alertou, disse que se conversássemos sobre isso estaríamos criando um grande problema... eu toquei o foda-se (sorry) e disse que estava na hora de sabermos o que era isso que depois de 8 anos ainda persistia.... e ele disse: "acho que posso dizer que te amo"... minha razão foi por água abaixo... retribui... foi lindo, mágico, dolorido, assustador na verdade, porque dai veio a famosa indagação: e agora? o que vamos fazer com isso? Ele amava sim a pessoa que estava, e eu sentia o respeito que ele tinha por ela... Acabou o mês de julho, ele foi embora, eu fiquei com todos os sonhos que jamais havia me permitido sentir antes. Mas, um belo dia descobri que ele já morava com a tal namorada... meu mundo caiu, fiquei indignada, o sr. Bruce sabia que essa informação era muito importante pra mim, e isso teria bloqueado tudo. Ele sumiu, não se explicou, não veio no outro mês de julho, não me atendeu.... e 1 ano e meio depois me liga no meio da madrugada dizendo: "eu to tentando ficar longe, mas eu te amo e queria que você soubesse disso"... meu mundo caiu novamente... fiquei maluca... e tentei resolver isso... afinal, não devemos mostrar o doce pra criança e depois tirá-lo... e foi isso que ele fez... Insisti em falar com ele, saber o porque disso tudo, mas ele não explicou, apenas disse que realmente me amava, mas que iria ficar com quem estava. Ridículo, eu sei. Sofri muito e tivemos nossa segunda última conversa. Fui viver minha vida, achei que estava curada, mandei um email dizendo que o entendia, que não guardava mágoas... Voltamos a nos falar inocentemente, crente que podíamos ser amigos, eu estava num outra situação, tinha decidido nunca mais voltar a falar do nosso passado... acreditava que estava segura. Um belo dia, numa das conversas inocentes no msn ele ligou a web... nossa... meu coração apertou... eu disse que não sabia se estava adorando ver aquela imagem ou odiando por ele ter feito isso.... dai começou a confusão novamente... ele disse: "eu sei que não deveria falar isso, mas... eu te amo"... Ele já falava que não estava bem, que já havia saído 2 vezes de casa, mas ainda não sabia o que queria... voltamos a não mais ter medo de falar em amor... ele saiu de casa (não, eu não fui o motivo disso, sempre deixamos isso bem claro), retomamos a nossa história... agora sem medo de palavras... mas, o incrível Hulk mostrou novamente seu outro lado... a pessoa que também o amava, acreditava tão piamente quanto eu que ainda era amada... descobrimos mentiras, verdades, mas dessa vez eu não acreditava mais que tudo não passava de uma paixão de festival... portanto, não pude ficar. Estaríamos comemorando Bodas de Seda ou Ônix, porém hoje sei o que quero, e Bruce também sabia o que eu queria... foi desleal, esse foi o maior de seus erros. Nunca solicitei a ele fidelidade, somente lealdade. Novamente ele quis pegar a estrada sozinho, como no final de todo seriado. Simplesmente sumir e não explicar nada. Certa vez numa das conversas, antes mesmo de retomarmos nossa história, ele me disse tentando justificar suas atitudes e "escolhas" que : "eu posso não ter te escolhido pra todo dia, mas eu te escolhi pra sempre". O que ele não entendeu, é que eu o amava muito mais do que pra todo dia, mas que eu não acredito num amor pra toda vida, e sim num amor além da vida. Agora quero ser uma mulher comum, com um homem comum.... esperei que o Bruce achasse a cura pra nunca mais se transformar nesse monstro verde, raivoso, impulsivo; esperava que nessas andanças, na estrada solitária, com aquela música tão triste que ele seguia, ele pensasse que talvez a cura estivesse dentro dele mesmo... mas não posso mais esperar ao lado dele. Sou humana.


" Como o passar do tempo as transformações se modificaram. O Hulk passou a ser verde e não mais se transformava ao anoitecer e sim quando se enfurecia. O Hulk era uma entidade à parte de Banner, incontrolável, ignorante, e infantil. Quanto mais furioso o Hulk ficar, mais forte e resistente ele se torna."

Trecho da história - The Incredeble Hulk

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Eclesiástico II

"(...) prepara a tua alma para a provação (...) dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria (...) sofre as demoras de Deus (...) aceita tudo o que te acontecer, na dor permanece firme (...) pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata (...)."

terça-feira, 17 de julho de 2007

Gandhi


"Um NÃO dito com convicção é melhor e mais importante que um SIM dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações."

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Construindo minha alma

Continuando...

Faz tempo, li um livro de Robert Fulghum, o título é praticamente a sinopse, livro simples, mas verdadeiro, "Tudo O Que Eu Devia Saber Na Vida Aprendi No Jardim de Infância". Estudei os primeiros anos no Colégio de Aplicação da FURJ, e minha essência nasceu nessa escola. Lembro como se fosse hoje o dia em que estava na fila(primeira da fila, claro...ordem de tamanho) e uma menina me cutucou e disse: - você quer ser minha amiguinha? Era a Tininha, foi minha primeira melhor amiga, sim porque nós mulheres não passamos uma existência sem ter várias melhores amigas.Brincamos, dançamos, descobrimos, rezamos, sonhamos por 4 anos, foi o tempo em que estudamos juntas. Hoje não temos mais contato, mas quando nos encontramos nosso olhar se torna tão inocente quanto daquela época. Tenho um respeito imenso por este colégio. Naquela época o colégio tinha um dia na semana intitulado "Dia da Cultura", e nesse dia os alunos recebiam uma folha com um tipo de planilha com diversas opções. Cada um fazia a sua escolha e era encaminhado para o local onde seria realizada a atividade escolhida. As atividades eram diversas: culinária, ginástica olímpica, ginástica rítmica, dança, teatro, desfile de moda, argila, pintura, fantoches, leitura, horta...enfim, era para muitos a única oportunidade de escolha. Acredito que foi neste colégio, com este projeto, que ajudei na construção da minha alma.


Voltando ao livro, tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância, ou pelo menos na continuação dele. A sabedoria se encontrava no montinho de areia da escola de todo dia.Entre outras coisas:

  • Compartilhe tudo;
  • Jogue dentro das regras;
  • Não bata nos seus amiguinhos, nem nos que ainda não o são;
  • Coloque as coisas de volta onde pegou;
  • Arrume os seus brinquedos, a sua bagunça;
  • Não pegue as coisas dos outros;
  • Peça desculpas quando machucar alguém;
  • Lave as mãos antes de comer e reze antes de deitar;
  • Dê descarga;
  • Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
  • Respeite o coleguinha;
  • Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... e desenhe.. e pinte... e cante... e dance... e brinque... e trabalhe um pouco todos os dias;
  • Tire uma soneca às tardes;
  • Quando sair, cuidado com os carros;
  • Dê a mão e fique junto;
  • Repare nas maravilhas da vida;
  • O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Mark Twain


"Cada um de nós é uma lua e tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém"

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Lique

Flor, talvez
mas nunca rosa opulenta
nem orquídea requintada
nem cravo aberto de esperança.
Nenhuma flor de enfeite
nenhuma cor de requinte
nenhum emblema gritante.
Flor, talvez.
Se quiseres
perceber a flor de mim
pensa na que surge um dia
entre a secura do campo.
É frágil, breve, pequena
resiste à ardência do sol
no tempo que lhe é dado.
Flor, talvez
da cor dos sonhos suaves.
Flor azul, azul, azul.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sandra, para Sandra

Hoje é meu aniversário, 33 anos de muita história, e neste ano especialmente, estou extremamente sensível...e tomando emprestada as palavras de Montaigne, "achando-me bastante vazio, sem nada sobre o que escrever, ofereci meu eu a mim mesmo como tema e assunto."

Não que esteja triste, disse sensível. Já chorei ao acordar, já chorei na frente do computador, no colo da secretária que é mais amiga que secretária, na frente da manicure, ao receber um telefonema, ao ganhar flores da minha filha e escutar meu pai dizer que ela não ouviu a opinião do vendedor e teimou em me dar Alcione(ela me conhece apenas com seus 6 anos de vida).
Há algum tempo atrás, cerca de 4 anos e meio, recebi uma mensagem psicografada e hoje estou me presenteando novamente com ela.

"Faça questão de ser alegre e otimista. Nada na terra pode destruir a felicidade do homem otimista e alegra. Se lhe chegarem dores, receba-as com calma e não se deixe atingir por elas, reconstrua sua vida, construindo sua felicidade dentro de você mesmo fazendo consistir sua ventura no progresso constante da vida do espírito, na sabedoria do coração."

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Sonia Hurtado X Paulo Coelho


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.Pode dizer para si mesma que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração...

E o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Os dois lenhadores e Malevich


Uma história antiga conta que dois lenhadores, ambos bem experientes, um certo dia propuseram-se um desafio: quem cortaria mais lenha ao final de um dia de trabalho.
Na data combinada, de posse de seus instrumentos, ambos se lançaram à tarefa. Um deles trabalhou ininterruptamente e observava que o seu oponente fazia pequenos e regulares intervalos.
Ao final do dia, o que havia trabalhado sem parar, estava ansioso para confirmar sua vitória, pois imaginava que teria produzido muito mais.Feitas as medições, para surpresa geral, o vencedor foi aquele que se permitiu pequenos intervalos ao longo do dia.
O vencido, com certa decepção, indagou ao seu companheiro como havia conseguido fazer mais, trabalhando menos tempo. E este o respondeu, com imperturbável tranqüilidade, que enquanto descansava, afiava o machado.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Primeira infância

Lembro muito da minha infância, mas tenho poucas recordações palpáveis, a mais real é uma cicatriz nos meus lábios em forma de cruz...poucas pessoas a conhecem. Como meus pais tiveram um recomeço um tanto quanto atordoado, os aniversários q geralmente são os fatos e fotos presentes em nossas caixinhas, não os tive.Mas a festa de 4 anos foi inesquecível, a velha casa de madeira toda enfeitada de balões, muitos adultos me bajulando, uma roupa especial que eu amava, um joão bobo que eu amei ganhar e meu avô ainda são e vivo... As poucas crianças presentes em minha festa eram os vizinhos, todos irmãos, amigos que eu amava brincar de carrinho de rolimã, futebol, escorregar no barranco, e achava estranho quando eles brigavam pra saber quem iria lavar a louça...eu achava tão mágico lavar a louça.


A Déa...minha prima, também deve ter aparecido nessa festa. Neste momento estou uma típica rapariga, festinhas de jardim.Quando crianças brincávamos muito, não por opção mas por pertencermos a mesma família, e única no Brasil. Hoje, brincamos porque nos amamos. Sou madrinha da filha dela, a Júlia, e sinto muito por não estarmos na mesma cidade.Ela sempre pintava melhor, se vestia melhor, era mais criativa...eu a admirava muito, quando crescesse queria ser que nem ela. Mas não cresci, e isso foi bom pra nós duas.



Ah! As festas juninas!!! Lembro muito bem, sempre ganhava a miss simpatia, nunca a princesa....mas eu me contentava com a faixa como se fosse a rainha da festa.Achava esse vestido lindo, sempre gostei de me fantasiar, ficava mais extrovertida. Sim, eu quando criança era tímida, e as brincadeiras com roupas, ou apresentações de dança e teatro infantis me libertavam.


Nessa foto, minha mãe já estava com minha irmã a caminho, mas quem a esperava...era eu.