segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Jardim Encantado

" Era uma vez três irmãs, Lili, Sofia e Alice. Elas não imaginavam que através de um livro fossem descobrir um Jardim Encantado enquanto brincavam (...)

...e como num piscar de olhos o jardim se escurece e as meninas avistam pontinhos iluminados no céu, e quando clareia elas percebem que são vários vaga-lumes dançando no ar.


As fadas estavam preocupadas pois sabiam que as bruxinhas do jardim queriam capturar os vaga-lumes e usá-los para iluminar seu castelo. Mas os vaga-lumes não podem ficar presos, pois assim acabam morrendo. E nesse momento as bruxinhas aparecem, mas as fadas junto com as meninas protegem os vaga-lumes ...


...elas se olham e sorriem, pois tinham feito uma viagem mágica onde puderam conhecer os encantos da natureza."

Escola Municipal de Ballet apresenta
Jardim Encantado - ' Diverstissement '
9 e 10 de Dezembro no Teatro Juarez Machado
e no elenco, como um dos vaga-lumes , participação de Maria Eduarda Santana .

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

DESPEDIDA

"Existem duas dores de amor:A primeira é quando a relação termina e a gente,seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.É que, sem se darem conta, não querem se desprender.Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida…Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: 'Eu amo, logo existo'

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância,mas que precisa também sair de dentro da gente… E só então a gente poderá amar, de novo."


Martha Medeiros