segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Por todos os dias...



E foi assim, de braço quebrado mesmo que ele assistiu o parto...mudo, imóvel, aos prantos...

Foi o momento mais mágico da minha vida, sei que posso dizer da nossa vida. No momento que ouvimos o chora dela...ai...sem palavras...uma mistura de choro com risos e gargalhadas tomou conta da gente.

O fato de ele estar com o braço quebrado o forçou a ficar por Joinville. Passou a delegar tarefas e enviar outras pessoas pra cuidar dos eventos, graças a um braço quebrado ele estava ao meu lado em mais um momento fundamental, e teve tempo de ter o que mais queria.

Passamos o meu resguardo na casa de meus pais, entregamos o apartamento alugado no dia que a Maria Eduarda nasceu, pois coincidiu com a entrega das chaves do nosso tão sonhado e suado lar.

Mas, os dias passavam, ela chorou por 40 noites, cólicas intermináveis. O dever nos chamava, eu tinha que retomar minhas atividades na Santé com minha sócia, tinhamos que resolver sobre a academia que ia de mal a pior, e ele tinha que voltar a viajar, afinal as contas estavam batendo na porta, ou melhor, esmurrando.

Sexta-feira, minutos antes de partir para mais um evento, meu coração apertou. Chorei, pedi pra ele não ir, implorei pra que ele enviasse alguém no seu lugar. Algo não estava bem dentro de mim. Ele até tentou, mas ao mesmo tempo disse que precisava ir. Perguntou por que eu estava daquele jeito e eu então respondi: "to com medo que você vá e não volte."

Choramos juntos e nos despedimos.

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