quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Eterna Busca

E acho que busco me conhecer desde o "Chapeuzinho Vermelho", jardim de infância. 
Primeira lembrança que tenho do "olhar pra dentro" foi quando um amiguinho chamado Renato me roubou um beijo dentro do brinquedo, do túnel, no parquinho. Fiquei tão estranhamente feliz que lembro até hoje eu querendo saber o que tinha acontecido comigo, e nunca foquei nele, e sim ao que eu senti e não no fato dele ter sido quem provocou. 
E quando no mesmo jardim eu corria da casa de brinquedo onde morava uma bruxa imaginária, eu mesmo assim não colocava a tal culpa na bruxa, eu queria descobrir porquê eu sentia medo se a professora dizia que ali não existia nada.
As pessoas que conhecem um pouco da minha história sempre tem curiosidade em saber, nossa Sandra, como você deu conta? E eu sempre digo que não tive opção. Era o que tinha a se fazer. Foi assim que aprendi. Cedo me conheci, cedo me dominei, cedo me impulsionei, cedo tive vergonha de mim, cedo me aceitei, cedo me amei, cedo entendi que a força estava dentro de mim, e que fora tem muita coisa que brilha, mas também tem muita coisa que faz sombra.
Por isso vivo na busca pelo autoconhecimento até hoje. A gente chama de busca porque sempre aparece coisa nova, sabe tipo casamento que acaba onde você só conhece a pessoa quando você separa?
É assim. A gente sempre aprende coisas novas sobre a gente, portanto pra essa relação não acabar, tem que regar, ouvir, calar, ser empática consigo mesma.
Só assim você será feliz para sempre e poderá deixar alguém chegar pra colocar purpurina em tudo isso.
Simples assim? Mentira, mas bem mais concreto que tentar entender o outro.
Numa pane de avião, coloque a máscara primeiro em você, daí sim poderá ajudar o outro.

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